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Como ajudar os filhos a lidar com a época de exames?

Dores de barriga, taquicardia, respiração acelerada. Se tem filhos em idade de fazer exames finais de ano, é provável que já tenha assistido a alguma destas situações ou a outros sintomas igualmente preocupantes. Como ajudá-los a ultrapassar esta ansiedade? Deixamos algumas sugestões importantes.

A confiança - em nós e nos outros - é uma característica que se trabalha desde a primeira infância. Por vezes, quando esse traço não está bem sólido no nosso sistema límbico (cérebro emocional), a ansiedade influencia os nossos sentidos, as nossas ações e reações. Naturalmente, numa situação de maior stress, da qual exigem de nós determinados resultados, o nosso corpo reage, nem sempre, da melhor forma. Ainda em crescimento, é frequente a ansiedade “tomar conta” dos mais jovens em período de exames, pois as expectativas são muito altas. Então, de que forma pode o leitor, enquanto mãe ou pai, ajudar neste processo?

1.    Motive e regule expectativas

Poderíamos começar a falar de estratégias técnicas para um bom estudo, mas a verdade é que não há melhor estratégia do que aquela que transmite confiança aos nossos filhos. Diga-lhes, em primeiro lugar, que acredita nas suas capacidades e que sabe que eles são capazes. Também é importante que saibam que não são menos inteligentes se tiverem uma pior nota. Explique-lhes, pacientemente, que uma boa nota também depende da motivação certa para aprender e que é essencial que ele compreenda a importância de passar em determinado exame. E nunca desvalorize as suas emoções.

2.    Ajude no estudo

Mostre interesse pelas suas dificuldades e disponibilidade para ajudar a compreender matérias mais complicadas. Não tem de fazer o trabalho todo por eles, por vezes é apenas uma questão de orientação. Não hesite em esclarecer dúvidas ou fazer as perguntas certas, por forma a que eles aprendam enquanto têm de responder. Para que possa apoiá-los no estudo, também é importante ensiná-los a pedir ajuda. Sem medos.

3.    Promova exercícios de relaxamento e meditação

Ensinar a respirar é um bom princípio. Uma boa respiração, lenta e profunda, irá ativar o sistema parassimpático e reduzir a ansiedade. Isso fará com que estude melhor, durma melhor, mas também que controle os sintomas da ansiedade na altura de fazer os exames. É um trabalho contínuo e se sentir que precisa, não hesite em pedir ajuda a profissionais especializados, como psicólogos.

4.    Não descure o sono e a alimentação

Comer e dormir bem é mesmo imprescindível! Só desta forma, a memória e a concentração ficarão mais ativas e o estudo será muito mais produtivo. Uma dieta equilibrada é o ideal, mas existem alguns alimentos que podem reforçar a memória, como o salmão, os frutos secos, os espinafres, o abacate, o ovo, o morango ou o chocolate negro. Quanto ao sono, entre 8 a 10 horas é ótimo.

5.    Ajude a organizar o local de estudo

Independentemente da assoalhada, este espaço deverá ser sossegado, bem iluminado e sem distrações, como televisões, telemóveis ou outros ecrãs.

6.    Defina um horário de estudo e alterne com lazer

Ajude o seu filho a definir um horário semanal que contemple estudo e lazer. O tempo de concentração não é mais do que 45 minutos, portanto, o ideal será alternar estudo com outras atividades que eles gostem ou, porque não, se eles forem adeptos, uma sesta pelo meio. Se o estudo for dividido em várias partes do dia, é possível aproveitar 3 horas diárias e a informação que fica retida é muito maior.

7.    Ensine truques para memorizar melhor

Em primeiro lugar, é importante definir objetivos diários. Por exemplo, no 1.º dia, ler da página 1 à página 20. Depois, o que fazer com a informação dessas páginas? A memória fotográfica é, por norma, muito eficaz, por isso explique que há pequenos truques que o vão ajudar a memorizar melhor: sublinhar títulos, ideias, expressões fundamentais. Na mesma lógica, os resumos resultam muito bem para a memória e ajuda-os a expressarem-se pelas suas próprias palavras. Como podem resumir? Pegando nas palavras sublinhadas e refazendo o texto com o seu vocabulário. Os esquemas também costumam ajudar bastante no processo de memorização.

8.    Casas diferentes, as mesmas regras

Caso a criança se divida entre várias casas (pais separados, avós), é fundamental que as rotinas não se alterem. Por exemplo, devem deitar-se à mesma hora, manter uma alimentação saudável e planear o seu estudo tendo em conta os mesmos objetivos diários, para que os bons hábitos não fiquem pelo caminho. E estejam onde estiverem, não se esqueçam: o apoio, o amor e a confiança que depositam nos filhos é sempre a maior motivação.

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