Face

Paralisia facial

A paralisia facial é uma condição que afeta os músculos da face, resultando na perda temporária ou permanente da capacidade de controlar a expressão do rosto. As causas principais desta doença incluem lesões nervosas (incluindo as resultantes de outras cirurgias da face ou do ouvido), infeções virais, tumores ou condições autoimunes. A paralisia de Bell, que não tem causa conhecida, é a forma mais frequente de paralisia facial.
Os problemas principais associados à paralisia facial incluem a assimetria facial, dificuldade em fechar o olho afetado, redução da expressão facial e problemas na fala e ingestão de alimentos. Além disso, a paralisia facial pode ter um impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida dos pacientes.
No entanto, é fundamental destacar que existem opções de tratamento disponíveis para ajudar a enfrentar os desafios associados à paralisia facial. Entre os tratamentos cirúrgicos mais frequentes incluem-se procedimentos de reparação nervosa, transferência de músculos e técnicas de reabilitação facial, para além de outros tratamentos não cirúrgicos, como a aplicação de toxina botulínica para os espasmos e contraturas musculares. Estes métodos visam restaurar a função muscular e/ou melhorar a estética facial, promovendo a recuperação e o bem-estar global do paciente.

 

Fendas do Lábio e Palato

As fendas labiopalatinas resultam de malformações durante o desenvolvimento fetal, envolvendo o lábio e/ou palato. Os problemas principais incluem dificuldades na alimentação devido à comunicação entre a cavidade oral e nasal, problemas na fala e, em alguns casos, impacto na audição devido à disfunção da tuba auditiva.
A avaliação multidisciplinar é essencial, numa equipa que geralmente inclui o cirurgião plástico, estomatologista, otorrinolaringologista, terapeuta da fala, entre outros especialistas.
O tratamento cirúrgico pode exigir várias etapas, desde os primeiros meses de vida até à adolescência, pelo que o acompanhamento a longo prazo é importante.
 

Cirurgia da mão:

Síndrome do Canal Cárpico

A Síndrome do Canal Cárpico é uma doença muito frequente na população adulta e é causada pela compressão do nervo mediano no punho, originando sintomas como dormência, formigueiro e perda de força na mão e nos dedos (excluindo o 5º dedo). Nos casos mais ligeiros o tratamento inicial pode incluir fisioterapia, imobilização ou infiltrações, mas com a progressão da doença e manutenção das queixas, nos casos mais avançados a cirurgia é o tratamento de eleição. Geralmente é uma cirurgia de curta duração e de recuperação rápida, com bons resultados.
 

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Doença de Dupuytren

A doença de Dupuytren é uma doença progressiva que afeta primariamente as mãos, causando o encurtamento e espessamento dos tecidos na palma, levando a contraturas nos dedos. A principal característica é a formação de nódulos e trajetos fibrosos, que podem limitar a amplitude de movimento, resultando em dificuldades na realização de atividades diárias, como segurar objetos ou realizar gestos simples. O impacto na qualidade de vida e no desempenho de algumas profissões pode ser bastante importante.
O tratamento de eleição é a cirurgia, sendo normalmente realizada em regime ambulatório e com uma recuperação relativamente rápida.

 

Dedo em Gatilho

A tenossinovite estenosante dos tendões flexores da mão, também conhecida como “dedo em gatilho”, afeta os tendões dos dedos, causando dificuldades na flexão ou extensão suave. O dedo em gatilho é caracterizado pelo bloqueio localizado e temporário do dedo numa posição curvada que, ao libertar-se, assemelha-se ao movimento de um gatilho rápido.
Os problemas principais incluem dor, inchaço e a incapacidade de movimentar o dedo de maneira livre. Em estágios avançados, pode ocorrer o bloqueio do dedo em posição de flexão, dificultando as atividades diárias.
Para abordar esses sintomas, o tratamento cirúrgico é frequentemente considerado. A liberação cirúrgica do tendão é uma opção comum, buscando restaurar a função normal do dedo e aliviar a dor. É uma cirurgia de curta duração, e geralmente de recuperação muito rápida.
Lesões Nervosas e Tendinosas dos Dedos
As sequelas de lesões nervosas e/ou tendinosas dos dedos da mão resultam muitas vezes de traumatismos, cortes profundos ou acidentes que afetam os nervos e tendões, comprometendo a função normal das mãos.
As principais complicações incluem perda de sensibilidade, dificuldades na coordenação dos movimentos e limitações na amplitude de movimento. Essas sequelas podem impactar significativamente as atividades diárias, afetando a qualidade de vida.
Os tratamentos cirúrgicos são frequentemente considerados para restaurar ou melhorar a função da mão. Procedimentos de reparação de tendões e reconstrução nervosa são comuns, visando restabelecer a capacidade de movimento e sensibilidade. A reabilitação pós-cirúrgica com fisioterapia desempenha um papel crucial na maximização dos resultados.

 

Doenças Congénitas da Mão

As doenças congénitas da mão muitas vezes precisam de tratamento cirúrgico. A sindactilia envolve a fusão anormal de dedos, a polidactilia é caracterizada pela presença de dedos adicionais, enquanto a hipoplasia do polegar se refere ao subdesenvolvimento do polegar.
Essas condições congénitas podem apresentar desafios funcionais e estéticos importantes. Funcionalmente a sindactilia pode limitar a destreza manual, a polidactilia pode afetar a biomecânica da mão e a hipoplasia do polegar pode impactar a preensão.
Os tratamentos cirúrgicos frequentemente visam corrigir essas malformações para melhorar a função e a aparência. Procedimentos de separação de dedos, reconstrução de polegar e correções anatómicas são comuns, proporcionando aos pacientes a oportunidade de alcançar uma função manual otimizada, sendo geralmente realizados a partir dos 12 meses de idade, conforme os casos em concreto.

Tumores Cutâneos

Os tumores malignos da pele são dos mais frequentes, especialmente os carcinomas basocelulares (basalioma) e espinocelulares, apresentando desafios únicos conforme a zona do corpo onde aparecem. No entanto, o melanoma é, de longe, muito mais letal quando evolui sem tratamento adequado.
Do ponto de vista do tratamento, exigem uma abordagem multidisciplinar, alicerçada na cirurgia, mas também apoiada dermatologia, oncologia e, por vezes,  recorrendo também à radioterapia.
Os tratamentos cirúrgicos são frequentemente a abordagem principal para tumores cutâneos. Estes procedimentos visam remover o tumor enquanto preservam a função e a estética, recorrendo em muitos casos. Em alguns casos, a cirurgia pode ser combinada com terapias complementares, como radioterapia ou imunoterapia.

Cirurgia Mamária

Reconstrução Mamária

A reconstrução mamária é um conjunto de procedimentos cirúrgicos que busca restabelecer a mama removida ou com deformidade. Pode ser realizada imediatamente após a mastectomia ou de forma diferida, dependendo das circunstâncias médicas e preferências da paciente.
A ausência de uma mama pode resultar em desafios psicológicos e emocionais. A reconstrução não se limita apenas à forma, mas também aborda a reconstrução do mamilo e da aréola, aspectos essenciais para a simetria e a estética natural.
A reconstrução mamária pode ocorrer em várias etapas. A primeira geralmente envolve a criação da mama usando tecidos autólogos, expansores de tecido ou implantes mamários. Além disso, outros recursos podem ser adequados, como o lipofilling (enxerto de gordura colhida de outras partes do corpo) ou matrizes dérmicas acelulares. A decisão da técnica mais adequada depende de muitos fatores, especialmente as características do tecido mamário existente, forma da mama contralateral, tratamentos de radioterapia, entre outras. 
Posteriormente, procedimentos adicionais podem incluir a reconstrução do mamilo e da aréola, e revisões das cirurgias já realizadas, quando adequado.