A Unidade de Oftalmologia do Hospital Lusíadas Braga tem como
missão a prestação de cuidados de saúde da visão com qualidade excecional.

Atualmente, verifica-se o aumento da prevalência das doenças relacionadas com a visão, decorrente do aumento da esperança média de vida, e das alterações dos hábitos alimentares e do estilo de vida. Por isso, no Hospital Lusíadas Braga apostamos na inovação e nos cuidados prestados para que as nossas equipas possam dar resposta às patologias oftalmológicas, desde as mais simples às mais desafiantes. 
Adicionalmente, o Hospital Lusíadas Braga reforçou a sua capacidade de resposta, através da criação deste Centro, para assegurar à população o rápido acesso a equipas de excelência, altamente diferenciadas e com acesso aos meios de diagnóstico e tratamento mais avançados, indo de encontro às necessidades e características de cada cliente. 
 

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Centro de Diferenciação de Oftalmologia

Áreas de Intervenção

Catarata

A patologia ocular manifesta-se normalmente por alterações na qualidade ou na quantidade de visão. As queixas de desconforto ocular também são muito frequentes e muitas vezes os doentes recorrem à nossa consulta por uma combinação destes fatores. Mas mesmo sem alterações da visão há certos grupos de risco que devem fazer consultas periódicas de Oftalmologia como os diabéticos ou as pessoas com história familiar de doenças oculares. 

Um número significativo de doentes recorre à nossa consulta com queixas de baixa da visão. As principais causas de baixa de visão variam muito com a faixa etária, por exemplo, a diminuição da qualidade da visão nas distâncias pequenas, como na leitura, é um fenómeno fisiológico chamado presbiopia, e é transversal a todas as pessoas que entram na 5ª década de vida, sendo corrigível com óculos para perto ou cirurgia com lente intraocular multifocal, entre outras estratégias. 

Depois dos 60 anos, pode traduzir o aparecimento de catarata a qual pode trazer limitações importantes para a vida do dia a dia dos doentes quando não abordada atempadamente. As imagens tornam-se desfocadas, a sensibilidade ao contraste diminui e podem surgir fenómenos luminosos incómodos tais como halos a rodear as luzes como os faróis de automóveis ou candeeiros. 

Durante a última década assistimos a uma mudança de paradigma no que toca à definição de cirurgia de catarata, que passou de procedimento terapêutico (capaz de melhorar a visão) a procedimento refrativo premium, no qual se procura ativamente a independência de óculos, para além da melhoria da acuidade visual. O progresso tecnológico neste campo tem sido notável, permitindo hoje uma cirurgia segura e com excelentes resultados que se traduzem na melhoria da qualidade de vida.    
 

Retina

A Retina é uma camada fina de um tecido sensível à luz que reveste a parte posterior do olho. A sua função é receber a luz, converter essa luz num sinal neurológico e encaminhar esse sinal através do nervo ótico para o cérebro. O cérebro interpreta esse sinal e cria uma imagem. Em muitas patologias, os primeiros sintomas são geralmente menores e comuns, como visão turva ou moscas volantes. Outros sintomas que podem indicar uma situação mais grave incluem: perda de visão periférica, visão escurecida/efeito de cortina, visão distorcida, luzes/flashes. As patologias são diversas, sendo importante definir o diagnóstico para adequar o tratamento e cuidados a ter.

 

  • Descolamento da Retina não provoca dor, mas deve procurar um oftalmologista para excluir um DR se:

    • Aparecerem, subitamente, moscas volantes (partículas, pontos, fios, moscas, teias de aranha, etc) a flutuar na sua visão que se movem com os movimentos oculares

    • Flashes luminosos, visíveis mesmo com os olhos fechados

    • Uma sombra ou cortina sobre uma parte da sua visão e que piora progressivamente.

  • Retinopatia Diabética

A diabetes é um problema grave de saúde pública. Os últimos dados disponíveis em Portugal mostram que cerca de 13% da população entre os 20 e os 79 anos tem diabetes. Isto equivale a cerca de um milhão de pessoas. É importante saber que desta população de doentes, 44% ainda não foram diagnosticados com a doença, não sabendo sequer que são diabéticos. A doença causa múltiplas complicações no nosso organismo, atingindo desde os olhos até aos pés, passando pelos rins, coração, etc. A retinopatia diabética, complicação ocular da diabetes, é a principal causa de cegueira em pessoas em idade ativa nos países ocidentais. Alguns fatores contribuem negativamente para o desenvolvimento da doença, nomeadamente a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo.

Os doentes diabéticos devem realizar um controlo apertado da sua glicemia, da pressão arterial e dos valores de colesterol. Devem igualmente comparecer regularmente em consultas de Oftalmologia pois geralmente a retinopatia diabética não provoca sintomas até que a lesão seja severa ou extensa. É particularmente importante realçarmos esta necessidade, uma vez que metade dos diabéticos já diagnosticados nunca foi ao Oftalmologista.

A retinopatia pode afetar a mácula (a zona central da retina responsável pela visão de detalhe) ou a periferia da retina. Conforme a zona afetada e o grau de desenvolvimento da doença, os especialistas de retina dispõem de diferentes opções de tratamento, como a fotocoagulação laser, as injeções intravítreas ou a cirurgia (vitrectomia).

O corpo clínico do Hospital Lusíadas Braga possui uma experiência clínica vasta no diagnóstico e tratamento das complicações oculares da diabetes e tem a sua disposição os meios mais avançados de diagnóstico e tratamento para combater esta patologia. 
 

Glaucoma

O glaucoma é uma doença neurodegenerativa do nervo ótico. O principal fator de risco para esta patologia é um aumento da pressão intra-ocular. É uma doença crónica que leva a uma diminuição silenciosa e irreversível do campo visual e que, nas fases mais avançadas, pode mesmo levar à cegueira.

O facto de ser uma doença silenciosa constitui um desafio para o seu diagnóstico precoce. Daqui resulta a importância do acompanhamento periódico em consultas de Oftalmologia para permitir a deteção desta doença antes de ocorrerem perdas significativas do campo de visão. Atualmente, a grande maioria dos doentes com glaucoma não desenvolvem cegueira ao longo da sua vida, desde que sejam devidamente acompanhados pelo seu oftalmologista.

Apesar de terem sido identificados vários fatores de risco para o glaucoma, o principal continua a ser a pressão intraocular, sendo por este motivo que os principais tratamentos do glaucoma têm como objetivo a sua redução. Classicamente, o valor normal da pressão intraocular varia entre os 12 e os 21 mmHg. No entanto, o valor alvo da pressão intraocular deverá ser personalizado para cada doente, tendo em conta o seu valor inicial, estadio da doença e a idade.

Sendo uma doença neurodegenerativa, não existe cura para o glaucoma. No entanto, existem vários tipos de tratamento, com diferentes graus de eficácia e relações risco/benefício, o que nos permite dispor de um leque terapêutico vasto e capaz de dar resposta nos vários estadios do glaucoma. 

De um modo geral, dispomos de alternativas terapêuticas médicas, Laser e cirúrgicas.

  • O tratamento médico, com colírios aplicados diariamente, continua a ser o tratamento realizado com maior frequência. 

  • O tratamento LASER, nomeadamente a trabeculoplastia LASER seletiva (SLT), tem sido cada vez mais utilizada ao longo dos últimos anos, tendo em conta a sua facilidade de execução, eficácia e ausência de efeitos secundários significativos. Pode ser utilizada como único tratamento, de preferência nas fases iniciais do glaucoma, ou como complemento do tratamento médico (colírios), permitindo uma maior redução da pressão intra-ocular sem aumento do risco de efeitos secundários locais ou sistémicos da medicação. 

  • O tratamento cirúrgico do glaucoma é utilizado quando o tratamento médico e com LASER não são eficazes no controlo do glaucoma ou quando os doentes não conseguem cumprir/tolerar o tratamento médico. Atualmente dispomos de diferentes abordagens cirúrgicas no glaucoma, desde tratamentos minimamente invasivos utilizados nas fases iniciais/moderadas da doença, até procedimentos filtrantes e com dispositivos de drenagem do humor aquoso reservados para casos mais avançados ou refratários a outros tratamentos. 

Em resumo, no glaucoma é fundamental o diagnóstico precoce, nas fases assintomáticas da doença, sendo para isso necessária vigilância oftalmológica regular. Deste modo, é possível personalizar o tratamento para cada paciente, de modo a travar a progressão do glaucoma e a evitar o compromisso da sua qualidade visual e da sua qualidade de vida.
 

Oculoplástica

A Oculoplástica é uma área da Oftalmologia direcionada para as alterações da região periocular (pálpebras, vias lacrimais e órbita), a qual visa diagnosticar e tratar alterações nessa área com objetivos reparadores, reabilitadores, funcionais e estéticos. Das maiores transformações a que assistimos quando realizamos cirurgias estéticas perioculares, para além da melhoria efetiva da aparência do rosto no global, é a evolução na atitude e autoestima que os pacientes vivem.  Os pacientes frequentemente chegam-nos com queixas que os incomodam como: “tenho o olhar cansado e pesado”, “as pessoas perguntam-me sempre se estou triste”; “já não consigo maquilhar os meus olhos”, “sinto um grande peso nos olhos”, “não me identifico com o meu olhar”. E estes problemas afetam profundamente o seu autoconceito. No pós-operatório, assistimos a uma transformação de atitude: os pacientes ficam mais felizes e positivos, investem mais na sua saúde e bem-estar. Sentimos que a cirurgia os inspira a cuidarem e a gostarem mais de si mesmos. 

As principais intervenções:

  • Blefaroplastia superior e inferior: é o procedimento que mais realizamos. Vai muito para além da remoção do excesso de pele e dos famosos “papos” (queda das bolsas de gordura orbitárias) das pálpebras. É uma reestruturação anatómica global que associa procedimentos cirúrgicos que esculpem a região periocular para obter um resultado harmonioso e individualizado. Podemos remover pele, remover gordura, transferir gordura de locais onde está em excesso para locais onde faz falta, “amendoar” o olhar, reestruturação anatómica global, etc. 

  • Cirurgia de ptose palpebral: a queda da pálpebra superior (ptose palpebral) é um motivo frequente na consulta e pode surgir em qualquer idade. É necessário determinar a causa da mesma para determinar o procedimento cirúrgico/tratamento médico mais correto. Todas as ptoses palpebrais podem ser corrigidas, conseguindo obter-se a simetria desejada. 

  • Cirurgia de elevação das sobrancelhas: Durante a avaliação da região periocular incluímos sempre a avaliação da forma e posição da sobrancelha. Por vezes é necessário fazer a sua correção juntamente com a blefaroplastia, para obtermos um resultado global mais harmonioso.

  • Aplicação de toxina botulínica: A toxina botulínica é utilizada para reduzir a contração muscular. Este tratamento leva à redução das rugas dinâmicas, permitindo um resultado natural. O tratamento da região frontal e periocular ajuda a complementar o resultado, permitindo um ótimo resultado estético.

No Hospital Lusíadas Braga, todas as cirurgias estéticas perioculares são realizadas em regime de ambulatório e não requerem tempo de internamento. São cirurgias que permitem uma rápida recuperação e regresso ao trabalho, com pós-operatórios indolores. Algum edema (inchaço) e equimose (pisaduras e hematomas) são esperados em grau variável, consoante o procedimento e as características individuais do paciente, mas que não afetam o resultado final. A recuperação depende sobretudo do cumprimento rigoroso dos cuidados pós-operatórios em casa pelos pacientes, e pelo seguimento com o seu Cirurgião. Muitas vezes contamos com o apoio do Lusíadas em Casa, serviço de cuidados domiciliários disponibilizado pelo Hospital Lusíadas Braga.
 

Oftalmologia Pediátrica

As doenças oftalmológicas graves em idade pediátrica são raras. Ainda assim, todas as crianças devem realizar o Rastreio de Saúde Visual Infantil aos 2 e aos 4 anos de idade, sendo este fundamental para identificar doenças oftalmológicas, numa idade em que frequentemente a criança não se queixa. Contudo, existem vários sinais que deverão alertar os pais para uma avaliação mais precoce, tais como: 

  • Uma posição anómala da cabeça, como um torcicolo; 

  • Ter a necessidade de tapar um olho para ver melhor; semicerrar os olhos, sobretudo na visão ao longe; 

  • Dores de cabeça frequentes, cansaço visual e desconforto ocular; 

  • Dificuldades na aprendizagem e dificuldades em manter a concentração na sala de aula, ou então com perda súbita do aproveitamento escolar. 

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