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Cancro do testículo: a importância do autoexame

Colaboração
São diagnosticados 3-10 novos casos por ano em cada 100.000 homens, de tumor do testículo a nível mundial. Descubra neste artigo como fazer o autoexame, com as dicas do Dr. Rui Lúcio, Coordenador de Urologia no Hospital Lusíadas Lisboa.

O número de casos tem vindo a aumentar e o cancro do testículo tem uma maior prevalência em jovens, com uma maior incidência na faixa etária dos 20 aos 40 anos. O autoexame é importante pois é uma das formas de permitir um diagnóstico antecipado deste tipo de cancro. 

Como se faz o autoexame do testículo?

O autoexame consiste na palpação destes órgãos, de forma regular, especialmente nas idades de maior incidência. Se observar o aparecimento de um nódulo sólido, é recomendado fazer-se uma ecografia escrotal para confirmar a natureza do mesmo.  Quando se trata de um tumor, normalmente estes nódulos apresentam um crescimento rápido e recente. 

Passo a passo:

1.    Uma vez por mês, durante ou após um banho quente
2.    Deve examinar cada testículo separadamente, segurando-o com cuidado
3.    Procure sentir a presença de nódulos, alterações de tamanho, forma ou consistência dos testículos

Quando deve ser feito o autoexame dos testículos? 

O homem deve fazer este autoexame mensalmente, a partir da puberdade. O momento ideal é após o duche, quando a pele está mais relaxada. 

Quais os sintomas do cancro do testículo?

Os sintomas principais são: nódulos e edemas no testículo, que, na maioria das vezes, são indolores. No entanto, alguns tipos de cancro podem não provocar sintomas até chegar a um estado mais avançado. Por isso mesmo é importante fazer check-ups regulares. 

Ainda assim, o cancro do testículo é na maioria das vezes diagnosticado em estado inicial.

Quais as principais causas do cancro do testículo? 

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do cancro do testículo é a criptorquidia (quando o testículo não desceu para dentro do escroto). 

Para além deste, destacam-se os antecedentes familiares de cancro do testículo, hipospadias, cancro do outro testículo e a infertilidade ou diminuição da espermatogénese. 

Como é feito o diagnóstico do cancro do testículo? 

O diagnóstico é normalmente feito por um Urologista através da palpação do nódulo, seguindo-se normalmente uma ecografia e realização de análises com marcadores tumorais para confirmação da natureza do mesmo. 

Qual o tratamento para o cancro do testículo?

O tratamento inicial envolve, quase sempre, uma cirurgia denominada de orquidectomia inguinal radical. Nesta cirurgia, remove-se o tumor, o testículo e o cordão espermático. 

Numa segunda fase podem ser feitos exames para avaliação do estadio da doença e, dependendo do diagnóstico, serão recomendados tratamentos adicionais como a radioterapia ou a quimioterapia. 

Apesar de causar bastante ansiedade e receios, principalmente em idade reprodutiva, esta cirurgia não afeta a função sexual ou reprodutora do homem – bastando apenas ter o outro testículo saudável. 

Para doentes que queiram ter filhos no futuro, nomeadamente na necessidade de realizar quimioterapia, recomenda-se muitas vezes a criopreservação de espermatozoides.
No Grupo Lusíadas Saúde encontra especialistas de Medicina Reprodutiva que o podem aconselhar e orientar na preservação da fertilidade. 


 

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Revisão Científica

Dr. Rui Lúcio

Dr. Rui Lúcio

Coordenador da Unidade de Urologia

Hospital Lusíadas Lisboa
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