Cancro do testículo: a importância do autoexame
O número de casos tem vindo a aumentar e o cancro do testículo tem uma maior prevalência em jovens, com uma maior incidência na faixa etária dos 20 aos 40 anos. O autoexame é importante pois é uma das formas de permitir um diagnóstico antecipado deste tipo de cancro.
Como se faz o autoexame do testículo?
O autoexame consiste na palpação destes órgãos, de forma regular, especialmente nas idades de maior incidência. Se observar o aparecimento de um nódulo sólido, é recomendado fazer-se uma ecografia escrotal para confirmar a natureza do mesmo. Quando se trata de um tumor, normalmente estes nódulos apresentam um crescimento rápido e recente.
Passo a passo:
1. Uma vez por mês, durante ou após um banho quente
2. Deve examinar cada testículo separadamente, segurando-o com cuidado
3. Procure sentir a presença de nódulos, alterações de tamanho, forma ou consistência dos testículos
Quando deve ser feito o autoexame dos testículos?
O homem deve fazer este autoexame mensalmente, a partir da puberdade. O momento ideal é após o duche, quando a pele está mais relaxada.
Quais os sintomas do cancro do testículo?
Os sintomas principais são: nódulos e edemas no testículo, que, na maioria das vezes, são indolores. No entanto, alguns tipos de cancro podem não provocar sintomas até chegar a um estado mais avançado. Por isso mesmo é importante fazer check-ups regulares.
Ainda assim, o cancro do testículo é na maioria das vezes diagnosticado em estado inicial.
Quais as principais causas do cancro do testículo?
Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do cancro do testículo é a criptorquidia (quando o testículo não desceu para dentro do escroto).
Para além deste, destacam-se os antecedentes familiares de cancro do testículo, hipospadias, cancro do outro testículo e a infertilidade ou diminuição da espermatogénese.
Como é feito o diagnóstico do cancro do testículo?
O diagnóstico é normalmente feito por um Urologista através da palpação do nódulo, seguindo-se normalmente uma ecografia e realização de análises com marcadores tumorais para confirmação da natureza do mesmo.
Qual o tratamento para o cancro do testículo?
O tratamento inicial envolve, quase sempre, uma cirurgia denominada de orquidectomia inguinal radical. Nesta cirurgia, remove-se o tumor, o testículo e o cordão espermático.
Numa segunda fase podem ser feitos exames para avaliação do estadio da doença e, dependendo do diagnóstico, serão recomendados tratamentos adicionais como a radioterapia ou a quimioterapia.
Apesar de causar bastante ansiedade e receios, principalmente em idade reprodutiva, esta cirurgia não afeta a função sexual ou reprodutora do homem – bastando apenas ter o outro testículo saudável.
Para doentes que queiram ter filhos no futuro, nomeadamente na necessidade de realizar quimioterapia, recomenda-se muitas vezes a criopreservação de espermatozoides.
No Grupo Lusíadas Saúde encontra especialistas de Medicina Reprodutiva que o podem aconselhar e orientar na preservação da fertilidade.
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Revisão Científica
Dr. Rui Lúcio
Coordenador da Unidade de Urologia