Sépsis: o que é e como se trata
O que é a sépsis?
A sépsis acontece quando as bactérias causadoras de uma infeção provocam uma resposta exagerada do nosso organismo, chamada resposta inflamatória generalizada. Esta inflamação sistémica pode levar à falência dos nossos órgãos.
Quais as causas?
A origem de uma sépsis pode ser uma infeção respiratória, uma infeção do aparelho urinário, um abcesso, ou mesmo uma infeção que pode passar despercebida inicialmente por não originar muitos sintomas. O motivo por que o nosso organismo responde de forma alterada não é totalmente conhecido. Pensa-se que possa ter relação com certos fatores da pessoa e com a virulência da bactéria que causa a infeção.
Existem grupos de risco?
Se há uma situação de imunodeficiência, quando as defesas do organismo estão diminuídas, o risco de uma infeção se tornar difícil de combater e acabar em sépsis é bastante maior. Estão nessa situação pessoas com doenças crónicas, sobretudo as que comprometem o sistema imunitário, e pessoas que foram submetidas a cirurgias. Mas também bebés recém-nascidos e pessoas idosas, uma vez que as defesas são menores.
Quais os sintomas da sépsis?
Os primeiros sintomas são:
- Febre acima de 38ºC;
- Respiração muito rápida, ofegante;
- Ritmo cardíaco acelerado;
- Calafrios, prostração.
Se não houver diagnóstico e tratamento, ou este não se mostrar eficaz, surgirão outros sintomas:
- Náuseas e vómitos;
- Diminuição da quantidade de urina;
- Estado de confusão mental;
- Pequenas pintas vermelhas na pele;
- A tensão arterial fica mais baixa do que é normal.
Na presença destes sintomas, deve dirigir-se de imediato ao hospital. Lembre-se que quanto mais depressa se iniciar o tratamento maiores são as hipóteses de sucesso na cura.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através de análises ao sangue e à urina. Existem outros exames que podem ajudar a perceber a origem da infeção como a radiografia, ecografia ou tomografia computorizada (TC).
Como se trata a sépsis?
O tratamento, feito em internamento hospitalar, consiste na administração de antibióticos diretamente na veia. No início, são usados antibióticos de largo espetro capazes de combater um número alargado de bactérias. Depois, pode ser usado um antibiótico mais específico, quando as análises clínicas ao sangue permitem identificar a bactéria ou as bactérias responsáveis pela infeção.