Crise de Ansiedade: saiba o que fazer
O que é a ansiedade?
A ansiedade é uma reação normal ao perigo ou ao stress do dia-a-dia. Pode ser entendida como uma sensação de medo perante uma ameaça ou uma preocupação perante algo que poderá acontecer e que tememos ser negativo. Se a ansiedade for exagerada e/ou prolongada, persistindo para além do evento que a desencadeou, poderá tratar-se de um problema mais grave.
"Falamos em perturbações de ansiedade quando existe um medo grave, desproporcionado, que dura há pelo menos 6 meses e que têm um impacto negativo no dia-a-dia, e que interfere com a capacidade de normal funcionamento do indivíduo", explica a Dra. Ana Peixinho, Psiquiatra e Diretora Clínica do Hospital Lusíadas Monsanto.
Crise de ansiedade: o que posso fazer para que passe?
Para aqueles que sofrem de uma perturbação de ansiedade é difícil lidar com os ataques, que muitas vezes podem surgir em sítios não seguros para a pessoa. Por isso é importante que as pessoas que sofrem com estas perturbações arranjem mecanismos que as ajude a ultrapassar o que estão a sentir.
Algumas delas são:
- Lembrar que vai passar;
- Respirar fundo e tentar controlar a respiração;
- Encontrar um lugar calmo e que transmita segurança;
- Dirigir o foco para algo, como, por exemplo, imaginar um espaço seguro ou ouvir música;
- Utilizar o método 5,4,3,2,1: que consiste em observar cinco objetos diferentes, ouvir quatro sons distintos, tocar em 3 objetos diferentes, identificar dois cheiros e nomear uma coisa que conseguimos saborear;
- Repetir uma frase como, por exemplo, “isto vai passar”;
- Andar ou fazer qualquer tipo de exercício mais leve;
- Pensar num sítio feliz;
Crise de ansiedade: o que posso fazer para ajudar?
Uma crise de ansiedade pode ser difícil também para aqueles que estão com a pessoa afetada. Podem sentir-se impotentes perante a situação e entrar também em pânico. Mas existem técnicas que ajudam a apoiar uma pessoa quando esta está a ter um ataque, tais como:
- Ficar com a pessoa e manter a calma;
- Levar a pessoa para um sítio calmo;
- Perguntar-lhe de que precisa;
- Falar com a pessoa utilizando frases simples e curtas, num tom calmo;
- Ajudar a pessoa a focar-se, repetindo uma frase ou a fazer um determinado movimento;
- Ajudar a pessoa a controlar a respiração;
- Saber o que dizer, como, por exemplo: “isto vai passar”, “diz-me o que precisas”, “estou aqui”, entre outras.
A longo prazo...
- Deixar a pessoa fazer terapia ao seu próprio ritmo;
- Ser paciente. Ficar feliz por todas as conquistas, mesmo que a pessoa não esteja a cumprir todos os objetivos;
- Ficar calmo e não entrar em pânico quando a outra pessoa está em pânico;
- Aceitar a situação e pensar que não vai durar para sempre;
- Tomar conta de si e lembrar que é ok também estar preocupado e ansioso;
Se procura acompanhamento personalizado, nada como apostar numa unidade como o Hospital Lusíadas Monsanto, que se dedica à Saúde Mental, contemplando várias áreas de intervenção que se complementam.
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Revisão Científica
Dra. Ana Peixinho
Coordenador da Unidade de Psicologia , Psiquiatria , Neuropsicologia