Zumba: uma forma diferente de fazer exercício
Ao som de ritmos diferentes, como salsa, merengue, samba, calipso, reggaeton, hip hop, flamenco e rumba, a zumba apresenta passos simples que:
- Trabalham a resistência cardiovascular;
- Queimam calorias;
- Deixam o corpo tonificado.
Esta modalidade de fusão foi criada pelo colombiano Beto Perez que começou por dar aulas de aeróbica. Um dia esqueceu-se da música que costumava usar para dar o mote aos passos, e colocou na aparelhagem o que tinha à mão: canções usadas nas aulas de salsa e merengue. Foi um sucesso. Nascia a zumba. É pelo menos assim que o próprio conta a história. Munido de nada mais do que a sua vontade e a recém-criada modalidade, rumou a caminho de Miami, de onde conquistou o mundo. Para ajudar a perceber melhor do que se fala, quando se fala de zumba, Matteo Cerruti, Group Exercise and Innovation Center Manager da Holmes Place Portugal, responde a algumas questões sobre a modalidade.
Como podemos definir a zumba?
É uma aula de fitness que utiliza vários géneros de dança, mas é, sobretudo, uma aula de sensações: a sensação de felicidade, de alegria, de carinho e sensualidade. É impossível sair de uma aula de Zumba sem um grande sorriso no rosto e rodeado de muito amigos.
Quanto tempo dura cada aula?
As aulas podem variar entre os 45 e os 60 minutos.
Tem alguma contraindicação?
Todas as pessoas podem praticar Zumba. Claro que, tal como em todas as aulas, existem opções para quem apresenta algumas condicionantes, sejam elas físicas ou fisiológicas, mas a generalidade das pessoas pode fazer. Existem inclusivamente tipos diversos para diferentes públicos, tal como o Zumba Gold para seniores ou o Zumba Kids para crianças.
Qual é o perfil do participante destas aulas?
São maioritariamente mulheres, mas existem alguns homens que “arriscam”. A aula é fácil de seguir e depois de experimentar é normal que passe a integrar a rotina de treino.
Zumba para os mais novos
José Diogo Ferreira Martins, coordenador da Unidade de Cardiologia Pediátrica do Hospital Lusíadas Lisboa, ajuda a saber como direcionar esta modalidade para os mais pequenos. Para este especialista, a zumba pode ser uma boa prática para os mais pequenos, uma vez que "reúne vários dos condimentos necessários para fomentar a atividade física em crianças e jovens, nomeadamente a dança, diversão, atividades em grupo e criatividade".
Como em qualquer outra atividade física, não faz sentido obrigar a criança a praticá-la. "Cada criança ou jovem toma em consideração múltiplos fatores para decidir os desportos ou atividades físicas que quer experimentar ou, mais importante ainda, praticar de forma regular. É uma escolha muito pessoal. Para além dos benefícios, creio que podem ser focos de atração para estes grupos etários haver um lugar central de música 'da moda' e o facto de os amigos também estarem eventualmente a participar."
O médico esclarece ainda que os benefícios são todos os que resultam de uma atividade física equilibrada. A nível cardiovascular destacam-se:
- Funcionamento do sistema cardiovascular;
- Perda de peso;
- Estabilização da tensão arterial;
- Aumento da autoestima.
Com conta, peso e medida
Apesar das vantagens, pode haver contraindicações, nomeadamente "todas as que resultam de uma incapacidade física para uma atividade que é intensa, como problemas osteoarticulares ou doenças cardiovasculares graves nas quais a atividade física intensa está contraindicada".
José Diogo Ferreira Martins acrescenta ainda que "na dúvida, é sempre adequado consultar o médico assistente para um cabal esclarecimento quanto a eventuais impedimentos para a prática de Zumba.
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Revisão Científica
Prof. Dr. José Diogo Ferreira Martins
Coordenador da Unidade de Cardiologia Pediátrica