Apneia do sono: o que fazer?
Muitos portugueses não fazem ideia de que sofrem de apneia do sono, mas a doença afeta as noites de muitas famílias e prejudica a manutenção de um sono reparador. A apneia do sono - que é uma paragem transitória da respiração - é mais frequente nos homens, sobretudo a partir dos 40 anos. O excesso de peso é também uma característica comum a muitas pessoas que sofrem desta perturbação do sono.
Sintomas comuns
"Habitualmente a apneia do sono manifesta-se pela roncopatia, havendo queixas de que a pessoa ressona muito durante o sono", constata António Sousa Vieira, Coordenador da Unidade de Otorrinolaringologia no Hospital Lusíadas Porto. "A este sintoma juntam-se outros, já que o doente apresenta-se geralmente sonolento durante o dia, acorda já cansado, sente um peso na cabeça e por vezes queixa-se de estar algo desmemoriado. Além disso, a tensão arterial também pode começar a subir", acrescenta António Sousa Vieira.
Tratamento multidisciplinar da apneia do sono
O tratamento da apneia do sono implica uma abordagem multidisciplinar, que pode conjugar os esforços da otorrinolaringologia, pneumologia e neurofisiologia. As perturbações mais ligeiras são frequentemente corrigidas por tratamento cirúrgico, tendo em vista a correção de eventuais obstruções. Já os casos mais graves poderão obrigar a tratamento médico, através da introdução de aparelhos de pressão positiva e dispositivos dentários. "Não sendo tratada, a apneia do sono pode levar à degradação das funções cognitivas", alerta António Sousa Vieira. "A concentração e a memória são afetadas, pode haver perda da função sexual, há maior risco de hipertensão, de arritmias e de enfartes noturnos", revela o otorrinolaringologista. Procurar ajuda médica é, por isso, o primeiro passo a dar logo que o doente se aperceba que os seus sintomas não são normais e que estão até longe de ser inofensivos para a sua saúde.
Ler mais sobre
SonoEste artigo foi útil?
Revisão Científica
Dr. António Sousa Vieira
Coordenador da Unidade de Otorrinolaringologia