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Alimentação complementar para bebés: tudo o que precisa de saber

Colaboração
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Com quantos meses podem os bebés começar a introduzir alimentos? Quais as regras da introdução alimentar para bebés? Leia aqui as dicas de ouro da Pediatra Ana Dias Alves e da nutricionista Rita Silva, do Hospital Lusíadas Lisboa.

A alimentação complementar é um período no qual são introduzidos outros alimentos, para além do leite, permitindo que a criança contacte com novos sabores, aumente o aporte de ferro, calórico e de fibras alimentares e se vá habituando a refeições de maior consistência. 

Este início pode ocorrer a partir dos 4 meses completos, preferencialmente aos 6 meses quando o bebé já tem as competências necessárias para o fazer. No final deste processo, na etapa dos 12 meses, a criança deve estar integrada no regime alimentar da sua família.

A diversificação alimentar pode ser iniciada através do:

  • Método tradicional em que os alimentos são apresentados sob a forma de puré e oferecidos com colher;
  • Método Baby Led Weaning (BLW) em que se oferecem à criança os alimentos sólidos cortados em pedaços, sem o uso de talheres e com a mínima intervenção do adulto. Assume-se que o bebé tem capacidade para se autorregular, consegue alimentar-se sozinho e sabe que quantidade de comida necessita. Surgiu recentemente uma versão modificada do baby led weaning, chamada Baby Led Introduction to Solids (BLISS), que foca a importância da introdução de alimentos ricos em ferro e energia e da evicção de alimentos que constituam um risco acrescido de engasgo;
  • Método misto: mistura dos dois métodos anteriores.

A introdução de novos alimentos deve ser gradual, começando com pequenas quantidades que serão progressivamente aumentadas em volume e variedade e deve seguir estas recomendações:

  • A maioria dos bebés comem 4 a 6 refeições por dia, a partir dos 6 meses;
  • Iniciar um alimento de cada vez e com um intervalo de cerca de 2 dias;
  • Oferecer água após as refeições. Evitar dar chás e sumos no primeiro ano de vida. A água é o líquido por excelência para saciar a sede;
  • A aceitação de novos alimentos nem sempre é fácil para algumas crianças, mas é muito importante não desistir pois, muitas vezes, as crianças só se habituam aos novos sabores após mais de dez tentativas.
  • É importante reconhecer os sinais de saciedade do bebé e não insistir para comer para além desse ponto (quando desvia a cara, fecha a boca, afasta o prato…);
  • Evitar refeições demasiado prolongadas e brinquedos ou dispositivos eletrónicos à mesa.

Alimentos não recomendáveis antes dos 12 meses:

  • Leite de vaca em natureza;
  • Sal, não deve adicionar sal aos alimentos, pois o sal existente neles é suficiente para as necessidades;
  • O açúcar e mel não devem ser dados antes dos 2 anos;
  • Alimentos malcozinhados: carne, peixe e ovo, incluindo sushi, carpaccio e ovo estrelado;
  • Peixes grandes - atum, cherne, peixe espada e cavala (pois acumulam mercúrio);
  • Mariscos - as cabeças de camarões, caranguejos e outros mariscos, pois acumulam cádmio;
  • As bebidas de arroz, podem conter arsénico que é tóxico pelo que não se deve dar antes dos 5 anos;
  • Batatas fritas e pastelaria industrial;
  • Alimentos redondos e duros como pipocas de milho, frutos secos inteiros ou salsicha tipo Frankfurt cortado às rodelas, pelo risco de engasgamento.

Regras de segurança, para reduzir o risco de engasgo

  • A criança deve estar direita, quando lhe dá as refeições (espreguiçadeiras ou almofadas não!) e presa à cadeira pela cintura e não pelos ombros;
  • Quando está sentada à mesa não deve ter sono, pois terá dificuldade em se concentrar, nem demasiada fome, pois vai comer muito depressa;
  • O bebé tem que ter sempre supervisão!  Não lhe dê comida no carro.

Não existe um método que seja melhor do que outro e a forma de introduzir a alimentação complementar deve ser feita de acordo com os hábitos e rotinas da família, respeitando sempre o bebé.  

Caso tenha dúvidas procure informação junto da sua equipa de profissionais de saúde.

 

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Revisão Científica

Dra. Ana Rita Silva

Dra. Ana Rita Silva

Hospital Lusíadas Lisboa
Clínica Lusíadas Almada

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