Ortopedia Pediátrica

A deformidade e o encurtamento dos membros são condições frequentes que motivam consultas em ortopedia pediátrica, impactando a mobilidade e a qualidade de vida das crianças. A capacidade de restaurar o comprimento e o alinhamento dos ossos, associada à formação óssea estável, permite que os ortopedistas abordem essas condições de forma padronizada e eficaz. A fixação externa é uma técnica essencial nesse processo, pois proporciona uma construção robusta que permite a manipulação dos segmentos ósseos com controle preciso de velocidade e ritmo, fundamental para um resultado seguro e eficaz.

A análise detalhada da deformidade é essencial para o planeamento cirúrgico. Com o uso de fixadores externos, o cirurgião consegue determinar com precisão os níveis de osteotomia e ajustar a aplicação do fixador para obter uma correção ideal. O uso de tecnologias avançadas, como os fixadores hexapod, que combinam anéis e hastes controlados por sistemas digitais, aumentou a versatilidade e a precisão na correção de deformidades complexas. Esse avanço permite correções tridimensionais mais precisas, adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa.

Embora a fixação externa seja um método eficaz, as complicações ainda representam um desafio, especialmente em condições congénitas. As inovações tecnológicas no design dos fixadores, com menores dimensões e fixação óssea minimizada, reduziram os riscos, mantendo a eficácia do tratamento. Em alguns casos, o uso de hastes intramedulares e a extensão do fixador ao longo do joelho tornaram-se práticas recomendadas para proporcionar estabilidade e facilitar a recuperação.

Estudos mostram que alongamentos menores e repetidos, geralmente inferiores a 20% do comprimento original, são associados a um menor risco de complicações, como deformidade do osso regenerado e fraturas. Esse método de pequenos alongamentos sequenciais também ajuda a prevenir contraturas articulares, especialmente com a extensão temporária do fixador para proteger articulações específicas, como o tornozelo durante o alongamento da tíbia.

Os fixadores hexapod representam uma solução inovadora, oferecendo uma correção precisa da deformidade e capacidade de ajuste para corrigir deformidades residuais. Com essas técnicas, é possível alcançar resultados satisfatórios, melhorando a funcionalidade e a qualidade de vida das crianças com deformidades e encurtamento dos membros.
 

No Hospital Lusíadas Lisboa, dispomos de uma equipa altamente especializada em ortopedia pediátrica, dedicada a oferecer tratamentos personalizados e baseados nas melhores práticas médicas internacionais. Utilizando tecnologias avançadas e abordagens multidisciplinares, estamos comprometidos em proporcionar uma experiência de tratamento segura e eficaz para cada cliente, com foco no seu bem-estar e desenvolvimento saudável.

O pé plano é caracterizado pela redução ou ausência do arco plantar, resultando em um pé que toca quase completamente o solo. Essa condição pode ser fisiológica e assintomática em muitas crianças pequenas, pois o arco plantar tende a formar-se naturalmente com o desenvolvimento. No entanto, em casos onde o arco não se desenvolve adequadamente, a condição pode tornar-se permanente, causando dor, fadiga muscular e, em alguns casos, deformidades progressivas nos tornozelos e joelhos.

O tratamento do pé plano depende do grau de severidade e da presença de sintomas. Em muitos casos, a fisioterapia e o uso de palmilhas ortopédicas personalizadas podem aliviar os sintomas, proporcionando melhor suporte ao arco plantar e corrigindo o alinhamento dos pés. Nos casos mais graves, onde há desconforto significativo e dificuldade de mobilidade, a correção cirúrgica pode ser considerada, envolvendo procedimentos para restaurar o arco plantar e melhorar a funcionalidade do pé.