Beldroega: qual a sua importância nutricional?
A beldroega (cujo nome científico é Portulaca oleracea L.) é uma planta selvagem, comestível, frequentemente encontrada em Portugal, principalmente nas regiões do Alentejo e do Algarve. As folhas, os caules e as flores da beldroega podem ser consumidos crus ou cozinhados e integrados em distintas confeções como, por exemplo, sopas, sobremesas, guarnições e saladas. Na gastronomia portuguesa temos o exemplo concreto da típica sopa alentejana de beldroega.
Beldroega: propriedades nutricionais
Apesar de muitos a considerarem como uma espécie invasora, a beldroega apresenta características nutricionais singulares, sendo uma das maiores fontes vegetais de ómega 3 (300 a 400 mg/100g). Os ómega 3 são ácidos gordos polinsaturados essenciais que o nosso organismo não consegue produzir e, por isso, são obtidos de forma exclusiva através da alimentação.
Associam-se a um melhor funcionamento do sistema circulatório e a um menor risco de doença cardiovascular. No contexto vitamínico e mineral, a beldroega, em cru, é também fonte de vitamina C (21,0mg/100g), de potássio (494mg/100g) e de magnésio (68,0mg/100g), apresentando valores interessantes de ferro (1,99mg/100g). Caso seja cozida, constitui uma fonte de potássio (488mg/100g) e de magnésio (67,0mg/100g), fornecendo, ainda, vitaminas A (93µg/100g) e vitamina C (10,5mg/100g).
Como escolher
Quando comprar beldroegas (entre abril e dezembro) certifique-se que são de colheita recente. Rejeite as que se encontrem murchas e opte por aquelas que apresentem caules e folhas viçosos (note que as folhas não devem exibir manchas ou sujidade).
Pode, também, optar por conservar as beldroegas no frigorífico, em recipiente fechado, até um período máximo três dias. Antes de as consumir, higienize bem as folhas, os caules e as flores da beldroega e não se esqueça: o sabor ácido é característico!
Autoria:
Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa