Dieta DASH e a Hipertensão Arterial
A hipertensão arterial é a principal causa de doenças cardiovasculares e de morte prematura em todo o mundo. Porém, pode ser uma condição reversível e evitável com a adoção de hábitos alimentares adequados, integrados num estilo de vida saudável. A dieta DASH foi criada especificamente com enfoque nesta patologia e tem contribuído de forma significativa para a melhoria de indicadores de saúde, especialmente cardiovasculares.
Na Dieta DASH promove-se a diminuição do consumo de sal, gordura (saturada e “trans”), açúcar, carnes vermelhas e álcool. É recomendado o aumento do consumo de hortofrutícolas, leguminosas, cereais integrais e laticínios com menor teor de gordura. O consumo de alimentos ricos em cálcio, potássio e magnésio é também incentivado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um consumo diário de sal de até 5 gramas para adultos (o correspondente a uma colher de chá) e de até 3 gramas para crianças. Contudo, os dados revelam que, na maioria dos países da região europeia, incluindo Portugal, o consumo está muito acima desta recomendação.
Desta forma, o consumo excessivo de sal constitui uma prioridade de intervenção. Neste sentido, desde 2015, foram definidas estratégias pela Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção de Alimentação Saudável (PNPAS). As medidas adotadas incluíram as áreas da restauração, indústria alimentar e panificação — refletindo-se, por exemplo, na diminuição da quantidade de sal adicionado ao pão.
Em suma, apesar de ter sido especialmente desenvolvida para a patologia da hipertensão arterial, a dieta DASH apresenta-se como uma opção para a adoção de uma alimentação completa, variada e equilibrada que permite melhorar parâmetros associados às doenças cardiovasculares, mas também beneficiar outros indicadores de saúde.
Beatriz Vieira, Nutricionista no Hospital Lusíadas Amadora
Cristiana Brito, Nutricionista no Hospital Lusíadas Amadora