Folares da Páscoa mais “light”
A Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa ajuda a identificar a origem das calorias presentes no bolo tradicional desta época: o folar. Mas ajuda igualmente a encontrar alternativas menos calóricas, para quem tem saber e arte - e quiser fazer folares em casa. “Como todas as iguarias portuguesas, os folares não são inocentes em termos de calorias”, adverte.
No entanto, acrescenta que “hoje em dia, existem várias versões de receitas dos folares para reduzir calorias, que em nada perdem em sabor, podendo ter ganhos em termos de qualidade nutricional”. Revelamos, assim, formas de tornar uma receita de folar não só igualmente saborosa, mas também inovadora e mais saudável.
Como são feitos os folares pelo país
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Folar do Centro
“O folar mais corrente em Portugal, muito usado na zona cent ro do país, é um bolo de massa seca, doce, e ligada, feito com farinha de trigo, ovos, leite, azeite, banha ou manteiga, aguardente, açúcar e fermento. É condimentado com canela e erva-doce - uma espécie de fogaça que no seu topo é ornamentada por um ou vários ovos cozidos inteiros e meio incrustados, visíveis sob as tiras de massa que os recobrem”, explica.
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Folar do Norte
“No norte do país, acima do Douro, em terras como Valpaços, imperam os folares gordos/salgados, ricos em carnes e enchidos. Presunto, linguiças, carne de porco salgado ou carnes de galinha, coelho ou vitela são alguns dos alimentos que lhe podem ser adicionados”, explica. Na região do Porto (Vila do Conde ou Maia), os folares são doces e têm erva-doce ou funcho.
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Folar do Sul
No Alentejo, os folares são doces, levam açúcar, canela e ervas aromáticas (erva-doce e anis) e muitas vezes têm a forma de animais, como borregos, lagartos, pintainhos ou pombos. Também podem ser apresentados como um duplo coração recamado de ovos ou ainda na forma de lagarto com coleira de seda encarnada.