A criação do Centro Multidisciplinar de Deformidades Torácicas
As deformidades da parede torácica são uma patologia muito prevalente na população.
Estas deformidades dividem-se geralmente em cinco categorias: Pectus Excavatum (ou peito escavado), Pectus Carinatum (ou peito em quilha), síndrome de Poland, defeitos esternais e deformidades torácicas associadas a doenças esqueléticas sistémicas.
O Pectus Excavatum é a deformidade mais frequente, com uma incidência na população de cerca de 1/500, quatro vezes mais frequente no género masculino. Os pacientes com peito escavado, para além da depressão posterior do esterno e das cartilagens costais, são geralmente indivíduos altos e magros, apresentam uma postura alterada, bem como uma diminuição antero-posterior do tórax. O Pectus Carinatum é a segunda deformidade mais frequente com uma incidência na população de cerca de 1/2000, também mais frequente no homem. O tórax em quilha manifesta-se geralmente na adolescência por uma projeção anterior do esterno e/ou das cartilagens costais. Ambas as deformidades associam-se frequentemente a alterações da coluna vertebral, como a escoliose e a cifose.
Do ponto de vista clínico, os pacientes podem revelar intolerância ao exercício físico, dor torácica, falta de ar (dispneia), bem como uma imagem corporal negativa com repercussões psicossociais significativas. Embora a maioria destas deformidades torácicas ocorra em indivíduos saudáveis, em certos casos a deformidade torácica é um marcador de doença sistémica, como a Síndrome de Marfan.
Uma vez que muitos destes pacientes têm dificuldade em encontrar ajuda especializada e integrada para este tipo de deformidades, o Centro Multidisciplinar de Deformidades Torácicas do Hospital Lusíadas Porto reúne todas as valências necessárias para uma avaliação completa e integral do doente com um Pectus, e um tratamento adequado das crianças, adolescentes ou adultos portadores destas deformidades.
Os serviços
O tratamento é condicionado por vários fatores, como a idade, o tipo de deformidade, o compromisso funcional e o impacto psicossocial.
Os tratamentos não cirúrgicos incluem os sistemas de sucção e/ou compressão externa, a correção postural e o reforço muscular. O rastreio de deformidades, malformações e síndromes genéticas associadas é fundamental para que o seu acompanhamento e eventual tratamento seja instituído de forma atempada e precoce.
O tratamento cirúrgico é realizado maioritariamente por técnicas minimamente invasivas, nomeadamente com recurso à toracoscopia. As técnicas de Nuss e de Abramson são as de eleição, uma vez que permitem a correção cirúrgica do Pectus sem cicatriz visível. A avaliação pré-operatória por diferentes especialidades permite uma investigação completa a nível imagiológico, cardiovascular, pulmonar, e dermatológico, para que tudo seja planeado.
A equipa
Dr. Bessa Monteiro
Dr. Vitorino Veludo, Dr. Rodrigues Pinho
Dr. Hugo Tavares
Dr. Vasco Dias
Dr. Chaves Caminha
Drª Margarida Reis Lima
Dr. Ricardo Sampaio
Drª Susana Vilaça
Contactos
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