Enquadramento
O Centro Multidisciplinar de Doenças Vulvovaginais e HPV do Hospital Lusíadas Porto é único no país. Conta com meios de diagnóstico e de tratamento de topo, e com uma equipa multidisciplinar de excelência, especializada em abordar uma grande variedade de condições relacionadas com a infeção por HPV (colo do útero, vagina e vulva) e outras infeções de transmissão sexual, bem como doenças vulvares e vaginais (incluindo a dor vulvar, vulvovaginites, entre outras).
Considerando a frequente repercussão destas situações na sexualidade da mulher, dispõe ainda de apoio especializado na área da medicina sexual, para avaliação e orientação das disfunções sexuais femininas.
Além de acompanhar de forma personalizada as diferentes patologias, o centro foca-se na prevenção e educação para a saúde e sexualidade. O bem-estar geral da mulher é o objetivo central da equipa.
HPV: o que é
O HPV é a infeção de transmissão sexual mais frequente. A maioria das mulheres é exposta a este vírus assim que inicia a sua atividade sexual. Por esse motivo, o rastreio do cancro do colo do útero, a vigilância e o tratamento de lesões pré-malignas são fundamentais. Adicionalmente, a vacina contra o HPV é uma arma de grande importância.
Embora na maioria dos casos a infeção regrida de forma espontânea, quando persiste, pode resultar em lesões de baixo ou alto grau, ou cancro.
Existem mais de 120 tipos de vírus do papiloma humano (HPV). Cerca de 40 afetam sobretudo os órgãos genitais (vulva, vagina, colo do útero) e ânus. Dentro dos 14 tipos de vírus de alto risco, o 16 e o 18 são responsáveis por cerca de 75% das lesões mais graves, como o cancro do colo do útero.
Em Portugal, surgem todos os anos 800 a 900 casos de cancro do colo do útero, uma doença responsável pela morte de mulheres (frequentemente em idade jovem), mas que é possível prevenir e tratar.
Muito frequentes são também as verrugas ou condilomas genitais. São lesões benignas que podem surgir mais frequentemente na vulva e no ânus. Em algumas situações, podem aumentar rapidamente de tamanho e número, e causar sintomas, sendo necessário tratamento.
As doenças vulvovaginais
As patologias da vulva e da vagina podem manifestar-se de várias formas e com diferentes graus de gravidade, sendo um dos principais motivos de consulta em Ginecologia. As queixas mais comuns são o prurido (comichão), o corrimento vaginal, o ardor e a dor. Frequentemente, os sintomas são atribuídos a candidíase, mas nem sempre de forma correta.
As condições vulvovaginais mais comuns são:
- as dermatoses vulvares (líquen escleroso, líquen plano, psoríase, por exemplo)
- as vulvovaginites (vaginose bacteriana, candidíase, tricomoníase, vaginite descamativa inflamatória, vaginose citolítica, vaginite atrófica, por exemplo);
- as infeções de transmissão sexual (HPV, herpes, clamídia, gonorreia, por exemplo);
- a atrofia vulvovaginal da menopausa;
- e os quadros de dor vulvar (vulvodinia).
Vulvovaginites
Nos casos de vulvovaginite (“inflamação” ou “infeção” da vulva e/ou vagina), o Centro de Doenças Vulvovaginais e HPV dá primazia à microscopia do corrimento vaginal, um exame fundamental para o diagnóstico correto e o tratamento eficaz da doença.
Esta abordagem, muitas vezes complementada por outros exames de diagnóstico, assume ainda maior importância em situações que se prolongam no tempo, recorrentes ou com uma resposta insuficiente a tratamentos anteriores.
Dor vulvar (vulvodinia)
Os quadros de dor vulvar, nomeadamente a vulvodinia, têm um importante impacto negativo na sexualidade, qualidade de vida e auto-estima da mulher. Podem afetar 16 em cada 100 mulheres ao longo da vida, sendo muitas vezes tardia ou incorretamente diagnosticados.
Atrofia vulvovaginal da menopausa
Secura, ardor, desconforto, dor na relação sexual e diminuição da lubrificação são sintomas muito comuns na menopausa. Ao mesmo tempo, é frequente surgirem sintomas urinários neste período. Muitas vezes, resiste a ideia de que esta é uma situação natural e irreversível, no entanto, grande parte das situações pode ser tratada de forma segura e eficaz.
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Quem é mais atingido pelas doenças vulvovaginais
As doenças vulvovaginais atingem todas as faixas etárias, embora sejam menos comuns em crianças. É fundamental, por isso, procurar ajuda médica. Além da melhoria da qualidade de vida, o acompanhamento clínico de qualidade e atempado poderá prevenir situações pré-malignas ou malignas decorrentes de uma doença vulvovaginal.
Por que é importante o diagnóstico precoce?
O diagnóstico adequado e precoce de qualquer condição vulvovaginal é fundamental para o sucesso do seu tratamento. Se, por um lado, situações de abordagem simples podem complexificar-se com o tempo, por outro, o atraso no diagnóstico pode contribuir para a progressão da doença e/ou surgimento de patologias mais graves.
Algumas doenças podem, ainda, ser assintomáticas, pelo que a única forma de prevenção é o acompanhamento regular e de qualidade.
No Centro Multidisciplinar de Doenças Vulvovaginais e HPV, os meios de diagnóstico disponíveis (microscopia, vulvoscopia, vaginoscopia, colposcopia, biópsia) e a avaliação por uma equipa multidisciplinar possibilitam a abordagem e o tratamento adequados, com conforto, confiança e qualidade.
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